domingo, 21 de novembro de 2010

Felicidades à Negritude Brasileira

Eu sou a  força
Eu sou a luta
Eu sou a glória

Eu arei, plantei e colhi
Eu te dei a vida que nunca vivi.

Eu pulei, rodei e cantei
também cai.
Lutei desde o outro lado do mar
tentando a minga gente salvar
não tinha as armas dos brancos
mas tinha dos irmãos a união
e juntos dela, a força para lutar
até o fim, o qual não fora feliz.

Me trouxeram para essas terras estranhas
e de mim tiraram tudo
a terra, a liberdade, a vida!

Cansado de maltratos, fugi
no caminho encontrei os donos dessas terras,
 de longe avistávamos a cidade:
- Tá vendo aquela cidade ali?! Foi eu que construí!

Escrito por Crislaine Leal, estudante do  curso Técnico em Turismo pelo IFBA
Turma 3821.2010


pequena homenagem feita para todos aqueles que ajudaram, ainda ajudam, a construir um país diversificado em todos os aspectos!
20 de novembro, dia da Consciência Negra.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Senhora

Até onde vamos por dinheiro?
O amor suporta tudo?
A mulher é realmente um ser frágil?
E se você ficasse rico de repente, o que faria?




Aurélia é uma moça bonita, educada, prendada mas pobre e órfã de pai. Conheceu Fernando Seixas, pelo qual se apaixonou e ficou noiva. Entretanto, o desejo de Fernando era ascender socio-economicamente, o que apesar do amor que lhe era devotado por Aurélia, ela não podia realizar seu desejo. Ele, dominado por esse desejo, a trocou por outra moça, de dote mais valioso. O que Fernando não esperava era que o avô de Aurélia falecesse e deixasse a herança à neta. Ela tornou-se a moça mais cortejada da sociedade carioca. Para vingar-se, Aurélia foi disposta a pagar 100 contos de réis a Fernando, mas ele só conheceria a noiva  no dia do casamento. Ele aceitou.
Na noite de núpcias, Seixas  esperava ansiosamente por Aurélia, pensando ele que fizera bom negócio, casou-se com a mulher que ama e ainda com um bom dote. Mas esta mulher que fora capaz de pagar para ter o homem que ama do seu lado, nessa noite desprezou-lhe. Seixas percebeu o quanto fora ganancioso.
Aos olhos da sociedade formam um lindo casal, mas dentro de casa viviam estranhamente. Seixas começa a trabalhar e juntar dinheiro para que ele possa devolver o valor do dote a Aurélia e assim desfaz o 'negócio' do casamento..
Quando ele finalmente consegue o valor, Aurélia revela-lhe o seu amor. Perdoam-se e consumam o casamento que até o momento não havia passado do papel.

O livro Senhora foi escrito por José de Alencar em 1875. Nele podemos identificar o modo de vida da sociedade da época, metade do século XIX. É um livro fantástico que instiga a seus leitores a pensarem até onde podemos ir por dinheiro? E o amor, até onde ele nos faz suportar situações desagradáveis?
José de Alencar consegue trazer à tona uma crítica ao casaamento arranjado como forma de ascensão sócio-econômica, a independência da mulher, que no livro é 'defendida' por Aurélia, que apesar de ser bela e gentil, é capaz de vingar-se do homem que ama mas fez-lhe sofrer.
É um clássico da literaura brasileira, e como tal vai passando seu ensino de geração a geração, pode não ser como 'best seller' mas será sempre lembrado. Afinal o amor nunca sai de moda!

domingo, 14 de novembro de 2010

Auguste Rodin, homem e gênio

Foi um artista impressionista e que conquistou fama ainda em vida. Hoje suas obras estão nos museus mais importantes do mundo, incluindo o Palacetes das Artes, situado na Graça.
A exposição de Auguste Rodin, escultor francês, abrange 62 peças, incluido sua magnun opus: O Pensador.
É uma exposição fantástica, onde você pode viajar no tempo e ver como um homem junta tão bem religião. mitologia grega e seu cotidiano.
A eposição fica em Salvador até 2012. Está aberta ao públicode terça a domingo, das 10 às 18 horas. Entrada franca.
Vale a pena ir.

sábado, 13 de novembro de 2010

Quase


Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “bom dia”, quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão, para os fracassos, chance, para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando…
Fazendo que planeando…
Vivendo que esperando…
Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
 
 
 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Então eu Recitei Mário Quintana ao vento..."

"Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. 
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... 
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ... 
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... 
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom... 
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... 
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." 
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... 
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais... 
Enfim... 
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos 
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito... 
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas 
as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."



Essa poesia de Mário foi inspiração pra uma música de um compositor Goiano. A música fala de amor, fala de saudade. Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista.  Talvez vocês não conheçam muito as poesias dele, mas certamente se um dia leres, saberás o valor e a maravilha das suas poesias. Espero que tenham curtido!

E deixo vocês com a música que foi reflexo desse poema:


Namastê!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Movimentos da Literatura

O nome literatura tem origem do Latim "littera", que quer dizer "letra" e apesar disso a literatura dos povos teve inicio na oralidade. Surgiu quando o homem ainda vivia em tribos nômades, onde trasnmitia lendas e canções por gerações e gerações.
A Literatura clássica (entre o século V a.C. e V d.C.) influenciou a literatura ocidental. Os gregos e romanos produziram os gÊneros, hoje considerados os mais importantes da literatura: épico, comédia, tragédia, história, sátira, biografia e prosa.
Comportamentos, costumes, artes são delimitadas nos periodos históricos, e são esses períodos que definem as escolas literárias.
Conflitos espirituais, por exemplo, marcaram o século XVIII. É o cenário do estilo Barroco. Tem grande representante Brasileiro: Gregório de Matos, também conhecido como "Boca do Inferno".
Na definiçao da idetidae do país, O Romantismo tem papel fundamental, pois ele dá êmfase ao individualismo e ao nacionalismo. José de Alencar teve destaque nessa escola, escreveu todas as tedências do romance romântico: histórico, indianista, regionalista e urbanos.
O ser humano é retratado em suas qualidades e defeitos no Realismo. Machado de Assis é grande representante em sua grande obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas".
Aluizo de Azevedo representou o lado mais institivo e primitivo do ser human, olhando para a arealidade através da lente do determinismo e das teorias evolucionista, era a fase Naturalista do Realismo. Como podemos perceber em "O Mulato" e "O Cortiço".
o Parnasianismo procurou por temas clássicos, usando a linguagem rebuscada e privilegiando a pefeição da forma. Os principais representantes brasileiros foram Olavo Bilac e Augusto dos Anjos, os quais foram chamados de autores alienados por não retratarem os problemas sociais da época.
(continua...)



"Todos os moviemntos literários foram importantes porque são frutos do espírito de seu tempo. É claro, em alguns momentos, eles foram engajados, reagiram criticamente contra os despropósitos sociais, como a 3ª geração da poesia Romântica."
(Professor Everest Reis)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

E eu com a arte?

 Arte não é expressão de nada, a não ser de si mesma. Tem uma vida independente, tal como o Pensamento a tem, e desenvolve-se estritamente por caminhos próprios.Não é necessariamente realista numa época de realismo, nem espiritual numa época de fé. Longe de ser uma criação do seu tempo, está normalmente em posição frontal a ele, e a única história que preserva para nós é a história da sua própria evolução. Por vezes, retrocede sobre si mesma, e faz reviver alguma forma antiga, como aconteceu como o movimento arcaizante da arte grega tardia, ou no movimento pré-rafaelita dos nossos dias. Noutras alturas, antecipa por completo a sua época, e produz num dado século obras que exigirão um outro século para serem percebidas, apreciadas e fruídas. Em circunstância alguma reproduz a sua época. Passar da arte de uma época à época em si é o grande erro que todos os historiadores cometem.
A segunda doutrina é esta. Toda a má arte nasce de um retorno à Vida e à Natureza, e da elevação destas a ideais. A Vida e a Natureza podem por vezes ser usadas como parte da matéria prima da Arte, mas, antes de constituírem um benefício real para ela, têm de ser traduzidas em convenções artísticas. No momento em que a Arte abandona o seu meio imaginativo, abandona tudo. (...)  As únicas coisas belas são as coisas que não nos dizem respeito. Para ter o prazer de me citar a mim próprio, é exactamente porque Hécuba não nos é nada que os seus infortúnios são um tema tão adequado a uma tragédia. Para além disso, só aquilo que é moderno poderá, alguma vez, passar de moda. O Sr. Zola senta-se para nos dar um retrato do Segundo Império. Quem quer saber hoje do Segundo Império? Passou do prazo. A Vida anda mais depressa do que o Realismo, mas o Romantismo anda sempre à frente da Vida.
A terceira doutrina é que a Vida imita a Arte muito mais do que a Arte imita a Vida. Isto resulta não apenas do instinto imitativo da Vida, mas do facto de o fim confesso da Vida ser o de encontrar expressão, e de a Arte lhe oferecer algumas forma belas através das quais poderá realizar a sua energia. Esta é uma teoria nunca antes exposta, mas que é extremamente fértil, e lança uma luz inteiramente nova sobre a História da Arte.
Segue-se como corolário disto que também a natureza exterior imita a Arte. Os únicos efeitos que é capaz de mostrar-nos são efeitos que víramos antes na poesia, ou em pinturas. É este o segredo do encanto da Natureza, bem como a explicação da sua debilidade.
A revelação final é que Mentir, o enunciar de coisas belas e falsas, é o verdadeiro fim da Arte. Mas disto creio ter dito que chegue. E agora vamos até ao terraço, onde "cai o pavão branco de leite como um fantasma", enquanto que a estrela da tarde "deslava de prata o entardecer". Ao crepúsculo, a natureza adquire um efeito maravilhosamente sugestivo, e não é desprovida de encanto, embora, talvez, a sua função principal seja a de ilustrar citações dos poetas. Anda! Já falámos que chegasse.


Oscar Wilde